No passado sábado, dia 23 de Julho, Boassas foi visitada por um grupo de alunos do curso de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Fernando Pessoa do Porto. A visita foi efectuada no âmbito da disciplina de Reabilitação Urbana e Arquitectónica. Os locais observados, após um café reanimador servido pelo Sr. Fernando foram: a Casa do Cubo (sua capela, azenha, alambique e casas de caseiro); a Casa do Fundo da Rua; a Casa do Cerrado (sobre a qual a arq.ª Vera Almeida, está também a desenvolver um trabalho); a Casa do Outeiro e a Casa do Lódão (Turismo Rural); a capela de Nossa Senhora da Estrela e a Arribada. O almoço, de confecção primorosa, foi servido na Quinta da Barbeita (onde a confusão das contas prejudicou um pouco a "digestão" do saboroso repasto)... Durante a tarde houve ainda tempo para uma visita ao latoeiro (Sr. Rui Teixeira); ao rio Bestança e moinho do Sr. Horácio. A conclusão geral, nesta primeira impressão, foi a de que a aldeia, embora possuidora de um potencial notável, está muito descaracterizada, sendo que algumas "patologias" serão já de difícil resolução. (Algo que, diga-se, há já muito tempo temos vindo a chamar a atenção, sem quaisquer resultados positivos aparentes...)
2 comentários:
Achei a ideia óptima, o contacto de alunos de arquitectura com a aldeia. Deveria de haver mais incentivo neste sentido e uma maior intervenção, mas já é um passo para a sensiblização dos jovens à recuperação de locais como Boassas. Portugal precisa!! Mas não só em termos de Arquitectura, os Interiores não devem ser esquecidos. Apoio a Arquitectura aliada aos Interiores! Digo isto, devido aos habituais exemplos com que me deparo, tantas vezes...
Vamos fazer algo antes que seja tarde demais!
Sem dúvida! Claro que como o mais visível é o exterior, muitas vezes os interiores são descurados. Ainda por cima, nos tempos que correm, factores como o "novo-riquismo" galopante, aliados a uma falta de humildade e necessidade de "espectáculo" gritantes, têm levado a uma crescente descaracterização do património construído (e também, por consequência, do ambiente e da paisagem), que é perceptível essencialmente pelo exterior. Não nos podemos esquecer, porém, de que a arquitectura só tem sentido e só o é verdadeiramente se tiver "interior". Há, óbviamente, que ter um cuidado grande também com os interiores, sobretudo em edifícios de valor patrimonial acrescentado. Enfim estamos a começar, obrigado Vera pelo incentivo. Todas as ajudas são bem-vindas...
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