terça-feira, julho 26, 2005

Alunos de arquitectura visitam Boassas

No passado sábado, dia 23 de Julho, Boassas foi visitada por um grupo de alunos do curso de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Fernando Pessoa do Porto. A visita foi efectuada no âmbito da disciplina de Reabilitação Urbana e Arquitectónica. Os locais observados, após um café reanimador servido pelo Sr. Fernando foram: a Casa do Cubo (sua capela, azenha, alambique e casas de caseiro); a Casa do Fundo da Rua; a Casa do Cerrado (sobre a qual a arq.ª Vera Almeida, está também a desenvolver um trabalho); a Casa do Outeiro e a Casa do Lódão (Turismo Rural); a capela de Nossa Senhora da Estrela e a Arribada. O almoço, de confecção primorosa, foi servido na Quinta da Barbeita (onde a confusão das contas prejudicou um pouco a "digestão" do saboroso repasto)... Durante a tarde houve ainda tempo para uma visita ao latoeiro (Sr. Rui Teixeira); ao rio Bestança e moinho do Sr. Horácio. A conclusão geral, nesta primeira impressão, foi a de que a aldeia, embora possuidora de um potencial notável, está muito descaracterizada, sendo que algumas "patologias" serão já de difícil resolução. (Algo que, diga-se, há já muito tempo temos vindo a chamar a atenção, sem quaisquer resultados positivos aparentes...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Achei a ideia óptima, o contacto de alunos de arquitectura com a aldeia. Deveria de haver mais incentivo neste sentido e uma maior intervenção, mas já é um passo para a sensiblização dos jovens à recuperação de locais como Boassas. Portugal precisa!! Mas não só em termos de Arquitectura, os Interiores não devem ser esquecidos. Apoio a Arquitectura aliada aos Interiores! Digo isto, devido aos habituais exemplos com que me deparo, tantas vezes...
Vamos fazer algo antes que seja tarde demais!

Associação Por Boassas disse...

Sem dúvida! Claro que como o mais visível é o exterior, muitas vezes os interiores são descurados. Ainda por cima, nos tempos que correm, factores como o "novo-riquismo" galopante, aliados a uma falta de humildade e necessidade de "espectáculo" gritantes, têm levado a uma crescente descaracterização do património construído (e também, por consequência, do ambiente e da paisagem), que é perceptível essencialmente pelo exterior. Não nos podemos esquecer, porém, de que a arquitectura só tem sentido e só o é verdadeiramente se tiver "interior". Há, óbviamente, que ter um cuidado grande também com os interiores, sobretudo em edifícios de valor patrimonial acrescentado. Enfim estamos a começar, obrigado Vera pelo incentivo. Todas as ajudas são bem-vindas...