sexta-feira, julho 19, 2013

Boassas, o seu vale e o seu rio em destaque... pelos melhores motivos


 
Uma bela reportagem que se centra nos aspectos essenciais e nos benefícios que para a região podem advir se conseguirmos preservar as nossas principais riquezas... Tenho muitas dúvidas quanto aos benefícios desta "publicidade" mas, se ajudar a despertar consciências para a necessidade de preservar aquilo que temos de melhor talvez ainda haja alguma esperança...

sexta-feira, junho 28, 2013

Porto/Douro - crime com nomes - JN















"O Porto não seria a melhor cidade do turismo europeu 2013 se não tivesse o Douro. Tudo o que se passa no rio e na região devia ser também responsabilidade da segunda cidade/região do país. E é por isso que a sentença de morte final da UNESCO, indiferente à destruição extrema praticada pela EDP sobre o rio Tua (a par do que está a suceder no rio Sabor), é um momento histórico no pior sentido. Representa a falência acéfala dos autarcas do Douro e do Norte, mas também dos burocratas políticos que na Comissão de Coordenação da Região Norte calaram e assinaram de cruz o que convinha ao governo da ocasião.
 
A decisão da UNESCO representa ainda que o presidente da EDP, António Mexia, conseguiu o apoio obediente da ministra do Ambiente, Assunção Cristas, e assim pôr fim irreversível a dois rios extraordinários e uma linha de comboio única - que só outro futuro económico recuperaria com a grandeza correspondente ao seu potencial turístico.
Mas este crime envolve muitos nomes. Um deles é Durão Barroso (como primeiro-ministro e presidente da Comissão Europeia). Bruxelas sempre tratou com o maior desprezo as causas dos ambientalistas, que o alertaram em tempo contra estes danos gigantescos. Depois, José Sócrates foi o protagonista da mais brutal insensibilidade da Esquerda ao desenvolvimento sustentável, como se continuar a pôr "muros de Berlim" nos rios, em pleno século XXI, fosse sinónimo de energia limpa ou de inteligência humana.
 
Os 300 milhões pagos pela EDP ao Governo Sócrates para obter as concessões do Plano Nacional de Barragens foram grátis. Os especialistas (que ainda restam sem avenças com a EDP) já demonstraram vezes sem fim que as novas barragens são as novas scut - vão condicionar a factura de energia dos portugueses por décadas, acrescentando maiores parcelas onde elas já representam 50% da nossa conta fixa, haja ou não haja consumo.
Os autarcas do Douro não quiseram ver tudo isto, porque são políticos como Judas - pensam nas 30 moedas. Chamam ao betão das barragens "desenvolvimento" e às sandes dos trabalhadores das obras "animação do comércio local". É verdade que a pobreza atual da região precisa de iniciativa. Mas esse é que é o drama: depois das obras destruidoras do ecossistema e da paisagem, o que voltará não será pobreza, será ultrapobreza. Espreitem as outras regiões com barragens no Norte e indiquem uma onde haja "desenvolvimento" com turismo de natureza extraordinário...
 
Esta decisão é ainda reflexo do que representa o novo turismo do Douro - um turismo de cruzeiro, de passeata, premiadíssimo - mas à custa dos durienses 'índios da Amazónia': cuidem da paisagem a custo zero, para nós brindarmos com champanhe e baile à passagem do navio... Fica zero no Douro. Zero. É turismo canibal. E como os barcos não sobem o Tua ou o Sabor, é-lhes indiferente. Só que um património da humanidade é mais do que subir o rio. É uma memória, é um conjunto de factores que são assim há séculos e séculos. Isso está bem patente num pequeno filme de 18 minutos disponível em www.pan.com.pt/valedotua - feito altruisticamente por voluntários do Partido dos Animais e da Natureza.
 
Em todo este processo das barragens houve a corajosa luta de algumas associações ambientalistas. E ouviu-se uma voz empresarial dissonante: a família Symington, líder mundial do vinho do Porto. Numa carta à UNESCO, Paul Symington alertou para as consequências ambientais da criação de dois lençóis de água no Tua e Sabor, que porão em causa o ambiente climático ancestral da região, e para o seu impacto nas vinhas. E afirmaram: "Qualquer projeto que danifique esta paisagem única irá comprometer o futuro de todos os envolvidos na produção de vinho e no trabalho associado à região".
Há uma razão para isto: os Symington estão no Douro há mais de um século, vivem daquele delicado ecossistema. Vão lá continuar mesmo depois das infinitas autárquicas e seus caciques, dos Mexias presentes e futuros, de governos monárquicos, ditatoriais ou democráticos. É gente como eles que vai sofrer com a ganância e a destruição irreversível. Com decisões tomadas em gabinetes políticos ou financeiros por gente 'fashion', de plástico, rodeada de ar condicionado e alcatifas fofas. Um dia, isto explode nas ruas (como na Turquia ou no Brasil)."
 
Daniel Deusdado in JN de 20 de Junho de 2013

sexta-feira, abril 19, 2013

II Concurso Internacional de Fotografia de Boassas

 
A Associação Por Boassas decidiu na sua última reunião de direcção dar continuidade ao II Concurso de Fotografia, prorrogando o prazo até ao próximo dia 31 de Julho do corrente. Aqui se publica novamente o regulamento. Participem, os prémios são aliciantes!!!...
 
“Boassas . Património rural e paisagístico”

A Associação Por Boassas vai promover o seu II Concurso Internacional de Fotografia, subordinado ao tema «Boassas . Património rural e paisagístico».

O concurso visa a promoção e divulgação da aldeia de Boassas e zona envolvente, alertando e sensibilizando as pessoas para a importância da paisagem e dos valores patrimoniais da povoação e da área rural que a envolve, incentivando-as para sua conservação e preservação.

Ao propormos nesta 2.ª edição o tema «Boassas . Património rural e paisagístico» pretendemos sensibilizar para a necessidade de valorizar e preservar a paisagem e o património construído da aldeia, a qual se encontra classificada como “Aldeia de Portugal”, de forma a contribuir para o aumento do turismo e actividades que o possam complementar, gerando oportunidades de emprego e rentabilidade, perspectivando assim um futuro sustentável para os seus habitantes.

Regulamento

1. O II Concurso Internacional de fotografia, organizado pela Associação Por Boassas, é da responsabilidade da referida associação.

2. O concurso está aberto a todos os interessados, nacionais ou estrangeiros, à excepção dos membros do júri

3. O Júri deverá ser constituído por representantes da Câmara Municipal; da Junta de Freguesia e da Associação Por Boassas, pelo vencedor do concurso anterior e por profissional/artista reconhecido na área da fotografia.

4. As inscrições são gratuitas.

5. O concurso tem como tema: “Boassas . Património rural e paisagístico”

6. Cada concorrente pode apresentar a concurso o máximo de três fotos.

7. Todas as fotos apresentadas a concurso terão que ser inéditas.

8. As fotos, a cores ou a preto e branco, devem ter as seguintes dimensões:

- Dimensão mínima: 20x30
- Dimensão máxima: 30x40

Todas as fotografias devem ser montadas sobre base rígida, em janela de cartolina tipo “Bristol”, de modo a atingirem a dimensão de 40x50.

9. Cada trabalho deve conter no verso, em letra bem legível, o pseudónimo do concorrente e o título. As fotos a concurso devem ser acompanhadas da Ficha de Inscrição (ou fotocópia da mesma) devidamente preenchida.

10. a) Os trabalhos a concurso devem ser entregues em mão ou enviados pelo correio até ao dia 31 de Julho de 2013 (data de carimbo dos CTT), indicando no remetente apenas o pseudónimo, para:

II CONCURSO DE FOTOGRAFIA DA ASSOCIAÇÃO POR BOASSAS
CASA DO CERRADO, BOASSAS, OLIVEIRA DO DOURO
4690 – 405 CINFÃES

NOTA: A APOBO não se responsabiliza por quaisquer danos ou extravio dos trabalhos.

b) Conjuntamente com os trabalhos deve ser enviada uma carta fechada, contendo a Ficha de Inscrição e o pseudónimo (escrito em letra legível no exterior).

11. Será nomeado um júri para a selecção das provas e atribuição dos prémios, e das suas decisões, que ficarão lavradas em acta, não haverá recurso.

12. Prémios:

1.º prémio: 600 €
2.º prémio: 400 €
3.º prémio: 200 €


13. O júri pode ainda atribuir Menções Honrosas em número indeterminado, as quais terão um valor de 50 €.

14. Todos os trabalhos premiados deverão ser publicados em forma de postal ilustrado.

15. O Júri pode deixar de conceder quaisquer prémios se entender que o nível dos trabalhos a concurso o não justifica.

16. Os autores dos trabalhos premiados serão avisados individualmente do prémio obtido e deverão receber o prémio aquando da inauguração da 1.ª exposição.

17. Os trabalhos premiados ficarão propriedade da Associação Por Boassas, que os poderá usar para fim de exposição, publicação em meios de comunicação, nos órgãos informativos e de divulgação da Associação por Boassas (APOBO) ou publicação de postais ilustrados, citando no entanto sempre o nome do autor e mantendo este os respectivos direitos.

18. Os restantes trabalhos serão devolvidos aos seus autores, desde que expressamente solicitado na ficha de inscrição. Para este efeito deve cada concorrente enviar a quantia de 5,00 € em cheque ou vale de correio.

19. Os trabalhos apresentados a concurso serão, no todo ou em parte, objecto de exposição(ões) organizadas pela Associação Por Boassas.

20. Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos em definitivo pela Comissão Promotora.

21. A simples participação no Concurso implica a aceitação total do regulamento.



A direcção da APOBO

sábado, março 16, 2013

750 anos da Carta de Foral

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Fez ontem sete séculos e meio que a aldeia de Boassas recebeu Carta de Foral a qual foi atribuída pelo Rei D. Afonso III, o bolonhês, em Santarém, a 15 de Março de 1253.
 
Celebramos aqui a efeméride que  merece a nossa aldeia, infelizmente sempre tão esquecida e maltratada... E não deixa de ser curioso que numa terra onde dificilmente se consegue estar sem ouvir foguetório, não haja sequer uma menção a uma data tão significativa para a história do concelho.
 
Enfim!... O nosso foguetório, mesmo "virtual" é sentido. Mantemos o optimismo na certeza de que melhores tempos virão. Viva Boassas!!!!!...

quinta-feira, janeiro 24, 2013

"Montanhas Mágicas" na Carta Europeia de Turismo Sustentável

Sete concelhos compreendidos nos territórios das serras de Montemuro, Arada e Gralheira assinaram os princípios básicos da Carta Europeia de Turismo Sustentável. O objectivo é a promoção comum de sete produtos turísticos integrados na iniciativa «Montanhas Mágicas».
 
É essa a expressão que designa o território abrangido pela Associação para o Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), que, com a adesão à da Carta Europeia de Turismo Sustentável (uma iniciativa da Federação Europeia de Parques Nacionais e Naturais - EUROPARC), pretende valorizar sete produtos dos concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra: as práticas de águas bravas, o termalismo, o património geológico, a paisagem serrana, a cultura regional, a gastronomia e os vinhos locais.

José Artur Neves, que preside à direcção da ADRIMAG, declarou que «o que muda hoje é a visão de desenvolvimento destes municípios, que deixam de ter uma estratégia isolada do que querem para si próprios e passam a implementar um plano de acção colectivo, em que todos contribuem para a valorização das singularidades próprias deste território especial de montanha».

Para já, só estão em causa «projectos imateriais», mas o objectivo é que a Carta Europeia de Turismo Sustentável proporcione um novo impulso às «possibilidades de investimento material no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio».

Uma das hipóteses em aberto é a expansão do Geoparque de Arouca a São Pedro do Sul e Vale de Cambra, de forma a que todo esse novo território continue a ser reconhecido como património geológico da Humanidade pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação , Ciência e Cultura. «Esses municípios têm em comum a serra da Freita e seria do interesse de todos, inclusive dos turistas, que os seus recursos endógenos únicos estivessem devidamente agrupados», explicou José Artur Neves.

A Carta Europeia de Turismo Sustentável é reconhecida pela ADRIMAG como «um certificado de excelência atribuído a um território com valor ambiental em que se desenvolve - ou se pretende desenvolver - um turismo de qualidade em moldes sustentáveis e com respeito pelos valores ambientais e interesses económicos das comunidades».

A confirmar-se a adesão à Federação Europeia de Parques, as chamadas «
Montanhas Mágicas» passarão a integrar uma rede que, actualmente, é constituída por 89 territórios protegidos e classificados, dispersos por nove países.

Esse acompanhamento facilitará a promoção de soluções comuns e de maior escala, visando quatro grandes objectivos: uma melhor planificação turística do território; a criação de uma oferta de produtos turísticos baseados nos recursos locais; a consolidação dessa oferta junto de nichos de mercado específicos e o reforço das possibilidades de acesso a novas fontes de financiamento.
 
In "Café Portugal/Lusa"; foto - ADRIMAG | quarta-feira, 23 de Janeiro de 2013

segunda-feira, janeiro 07, 2013

ANEDOTÁRIO CINFANENSE (III)


Colóquio Internacional . Arquitectura Popular



O Município de Arcos de Valdevez vai organizar um Colóquio Internacional sobre Arquitectura Popular, nos dias 3 a 6 de Abril de 2013, convidando para esse efeito investigadores de diferentes áreas científicas a reflectir sobre este tema nas suas vertentes arquitectónicas, urbanísticas e culturais. A Comissão Científica do Colóquio integra investigadores de diversas universidades e instituições de Portugal, de Espanha e do Brasil, e que vêm trabalhando este tema.

A Arquitectura Popular é uma componente essencial e elemento definidor da cultura de um povo. Inclui-se neste conceito não apenas a Arquitectura no sentido estrito, mas também as suas relações com as formas de organização do território, as estruturas de povoamento e de organização urbana. A compreensão desta cultura arquitectónica de raiz popular é essencial para a permanência da memória, das tradições e da cultura das comunidades, para a preservação da sua identidade e o respeito pela sua história, sendo determinante para evitar a destruição da paisagem. Torna-se necessário estudar e divulgar esta cultura arquitectónica, explicitando a importância da preservação deste património, que deve desempenhar um papel cada vez mais importante como referência para o futuro das comunidades, como motor de desenvolvimento económico e social e como referência para uma arquitectura contemporânea enraizada na nossa cultura e tradições.

Para mais informação: https://sites.google.com/site/coloquioarquitecturapopular/