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quinta-feira, dezembro 29, 2011

Sta. Bárbara... pelos pedreiros de Boassas


Após alguma pesquisa e perseverança consegui encontrar a estátua de Santa Bárbara pela qual a D. Olga Gregório, que vive actualmente no Brasil, encarecidamente nos perguntava há algum tempo atrás. A figura encontra-se a encimar o portão da magnífica "Quinta de Santa Bárbara", junto à entrada este da vila de Cinfães. Terá sido esculpida pelo avô da D. Olga Gregório, o Sr. Deocleciano Ribeiro, da célebre família de pedreiros de Boassas conhecida como "os Gatos".

terça-feira, junho 09, 2009

Carta do Brasil...

Eu conheci Boassas quando tinha 6 anos de idade. Lá passei 6 meses. Meus tios queriam que eu ficasse no Porto, mas eu queria a liberdade da aldeia!!
Boassas foi um marco em minha vida...
...Eu uma menina que vivia no Brasil acostumada a brincar só e dentro de um apartamento, me senti tal qual um passarinho que ganhava a liberdade fora da gaiola.
Aprendi a correr pelas ruelas de Boassas (antes nunca havia experimentado essa sensação prazerosa). Aprendi a nadar na Bestança. Morria de medo de descer até a Bestança por um caminho íngreme que não me recordo o nome.Também tremia de medo da Mariana!!!!
Adorava ir ao Campo de Além buscar água, e lavar roupa na Bestança ...
...Fazia magustos com meu avô, pisei uvas no lagar da sua casa ...
...Adorava dançar nos leilões de domingo...
...Comecei a catequese na Capela da Senhora da Estrela com a Armandina...
...Pegava umas moedinhas de tostão e corria a comprar um copinho de tremoços...
...Brincava com as miúdas no casal e era chamada por elas de " A brasileirinha".Todos achavam engraçado o meu sotaque brasileiro e adoravam me ouvir falar, mas após 6 meses voltei ao Brasil e aqui todos queriam me ouvir falar pois tomei um sotaque Portugês !!!
...Tantas recordações que ficaria aqui a noite toda descrevendo-as.
Voltei a Boassas em 2002 com meus filhos...mas Boassas já não tinha a " vida de outrora", quase não haviam pessoas no Casal, a minha Aldeia me parecia tão triste, solitária e ainda mais que eu retornei no inverno chuvoso de Janeiro.
Fiquei tão feliz ao pesquisar Boassas na Internet e encontrar alguns bons resultados.
...Acho que o senhor vai se lembrar de mim... Sou neta de João Gregório e Conceição Amaral...Moro no Brasil... Sou filha de Alcino Gregório e Maria do Céu, mas fui criada por Olga Estrela do Amaral Gregório... O Senhor já nos deu o prazer de visitar-nos em minha casa aqui no Brasil com sua esposa e filho. Infelizmente minha mãe Olga não mais vive nem meu pai Esterio Vieira...
Tenho uma tia que ainda vive na Aldeia... Lucília...
Vou parar por aqui pois assim isso deixa de ser um comentário e vira um testamento!!!!!
Gostaria de saber como posso adquirir o livro Boassas?
Um fraterno abraço!

Odete da Conceição do Amaral Gregório

sexta-feira, março 27, 2009

O Sr. Manuel Tavares, mestre carpinteiro de Boassas


Já o havia homenageado no livro "Boassas. Uma Aldeia Com História"... Volto a fazê-lo, agora pelo infeliz motivo do seu desaparecimento. Era, salvo erro, a pessoa mais idosa da aldeia. Aqui fica o pequeno texto que lhe dediquei no mencionado livro...

«O Sr. Manuel Tavares constitui um caso raro e “
sui generis”, na povoação de Boassas. Que se saiba é o único representante desta nobre actividade, pois ao invés do que sucede com a arte de trabalhar a pedra, não consta que tenha havido em Boassas uma grande tradição de carpintaria ou marcenaria.
Para quem tiver oportunidade de apreciar alguma das suas obras ou de o ver trabalhar a madeira, rapidamente se aperceberá estar em presença de um verdadeiro mestre, que alia um profundo saber, experiência e conhecimento empírico a uma grande imaginação e criatividade e que pode, por isso, ser considerado um autêntico artista. De facto o Sr. Manuel Tavares, quando jovem, chegou a ser convidado pelo professor catedrático e comendador Dr. Amílcar Tucídides, aquando de uma das suas visitas à “Casa do Cerrado” [1] para se inscrever no curso de escultura das Belas Artes do Porto. Repto este que foi recusado e é hoje lembrado e contado pelo Sr. Manuel Tavares, não sem uma ponta de mágoa e indisfarçável tristeza, que perpassa pelos seus olhos cansados.
Os tempos eram outros, a família necessitava do seu amparo e a cidade imensa, parecia muito longe, estranha e hostil. Hoje, já com mais de oitenta anos, o Sr. Manuel Tavares já raramente trabalha a madeira. Mantém ainda, contudo, uma pequena oficina junto à casa onde vive, na Calçada, em Boassas, onde toda a parafrenália de instrumentos se encontra disposta e guardada e que utiliza sobretudo para fazer os pequenos consertos de casa com que vai matando o vício e a saudade da arte.
Uma das suas obras mais significativas e importantes, da qual nos fala com indisfarçável sentimento de orgulho é, sem dúvida, o já referido retábulo e altar de talha, executado para a capela de Sto. António, da Casa da Calçada, em Oliveira do Douro. De facto, quase todas as grandes casas da região têm obra sua, sejam pequenas peças de mobiliário como as arcas, mesas e sanefas que concebeu para a Casa do Outeiro, ou o restauro tectos soalhos ou móveis como os que fez na Casa do Fundo da Rua. [2]»


[1] Ver capítulo III Património - Casas nobres. IV. A casa do Cerrado

[2] Ver capítulo III. Património - Casas nobres. II. A casa do Fundo da Rua e III. A casa do Outeiro

terça-feira, abril 24, 2007

O moinho do Sr. Horácio


Noutro país um moinho destes, autêntico museu vivo, estaria salvaguardado e teria todos os apoios necessários para se manter em funcionamento (dizia-nos Frits Schuitemaker que na Holanda "os agricultores são pagos para manter a paisagem rural" (!!!).... De facto estamos a anos-luz da Europa. Aqui apenas pode contar com a boa-vontade dos seus proprietários para nosso gáudio e boaventurança, felizmente... Obrigado Sr. Horácio e Sra. Emília.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A casa do Sr. Chico


Se fosse hoje teria feito questão de que esta casa mantivesse o nome pela qual sempre a conheci... a "Casa do Sr. Chico". Era o caseiro da "Quinta do Outeiro" e recordo com saudade o seu rosto bondoso, desenhado por uma vida bastante dura, que por vezes fazíamos alterar, quando lhe estragávamos as culturas com as nossas irreflectidas brincadeiras de criança. Tentei que a casa mantivesse, tanto quanto possível o seu aspecto exterior, já que no interior pouco havia a recuperar. As pedras mantiveram os musgos e líquenes seculares, as telhas também; as portas continuam a ser em madeira, embora agora com vidro, mantendo-se as portadas interiores e até o branco da cal foi reposto... Não tinha água canalizada, saneamento, quarto de banho, telefone ou electricidade. O forno foi reconstruído no exacto local onde se encontrava anteriormente e a organização espacial interna tenta, de alguma forma, seguir o pré-existente... Farão os turistas, que agora a ocupam quase semanalmente, ideia de como era a vida nesta casa rural?... Farão ideia de quem foram durante tantas décadas os seus habitantes?... Conseguirão (eles e os nossos leitores) identificar a casa de que estamos a falar?...
Para finalizar, apenas uma palavra para a Sra. do Céu, que acompanha o Sr. Francisco na foto e que era sua cunhada. Ainda vive, em Boassas, e faz as melhores filhós que já provei. A ambos é dedicado este apontamento.

sábado, novembro 19, 2005

As doceiras de Boassas


















A senhora Joana Carmezim, na feira de Cinfães, última das afamadas doceiras de Boassas. Mais uma arte que se vai perdendo na voragem dos tempos, do "fast-food", do insípido e do vulgarizado em detrimento do genuíno, do autêntico e tradicional

«São célebres as doceiras de Boassas, presença célebre e constante em qualquer feira e Romaria de Cinfães ou dos concelhos vizinhos. Aí se instalam com as suas tendas, espécie de enormes guarda-sóis de madeira e toldo de pano, as iguarias dispostas nos compridos tabuleiros, protegidos por panejamentos alvos e decorativos.
Não há acontecimento, festa ou arraial digno de registo se não for acompanhado com um doce típico. A Páscoa será talvez a época do ano em que mais se fabricam e vendem. Nesta altura, em que as galinhas põem mais ovos, produz-se também o pão-de-ló.
Os doces mais típicos são, porém, os deliciosos bolos de manteiga, vulgarmente chamados de “matulos”, quiçá pela sua forma amorfa e desajeitada. Mas são também célebres as “fatias”, espécie de pão-de-ló, cortado em fatias rectangulares e com uma cobertura de açúcar branco, parecidos com as célebres “cavacas” de Resende, assim como uns pequenos bolos de pão-de-ló, redondos e achatados e totalmente recobertos de açúcar. Antigamente a manteiga com que se faziam os “matulos” era trazida da serra de Montemuro pelas sardinheiras de Boassas. Tanto a manteiga como os outros produtos da serra eram trocados directamente pelo peixe que levavam.»
[1]

Não poderia deixar de referir aqui outros doces típicos de Boassas, embora não comercializados nas feiras e festividades da região, mas mais ligados às festas familiares (no caso ao Natal), nomeadamente: as filhós (tão bem confeccionadas pela sra. Do Céu) e os "formigos" (espécie de açorda doce - ovos, pão, açúcar, sultanas e canela. - e, provavelmente, mais uma herança árabe...).

[1] Manuel da Cerveira Pinto in "Boassas, uma aldeia com história" - 2004

segunda-feira, outubro 10, 2005

"Ao fim do dia, à soleira..." A propósito do I Concurso de Fotografia da APOBO


Esta imagem, com a qual se apresenta o regulamento do I Concurso de Fotografia da Associação Por Boassas, revela bem a capacidade de preservação da memória desta arte. O Sr. José Tendais, com o seu trajo característico (de notar os socos), conversa ao fim do dia com um casal de idosos, na soleira da "Casa do Pigarço", infelizmente, também ela já apenas uma memória, pois foi fruto do "vandalismo" que tem destruído este notável património da aldeia...
O regulamento do concurso é o que segue:

CONCURSO DE FOTOGRAFIA

Boassas . “Aldeia de Portugal”

A APOBO [Associação Por Boassas] vai promover o seu I Concurso Internacional de Fotografia, subordinado ao tema «Boassas . “Aldeia de Portugal”».
O concurso visa a promoção e divulgação da aldeia de Boassas e zona envolvente, alertando e sensibilizando as pessoas para a importância dos valores patrimoniais da povoação e da área rural que a envolve, incentivando-as para sua conservação e preservação.
Ao propormos nesta 1.ª edição o tema «Boassas . “Aldeia de Portugal”» pretendemos divulgar a figura turística de que, graças à APOBO, a povoação agora faz parte e salientar todos os aspectos, nas suas mais variadas vertentes, que levaram a esta recente classificação.

Regulamento

1. O I Concurso Internacional de fotografia, organizado pela Associação Por Boassas, é da responsabilidade da referida associação.
2. O concurso está aberto a todos os interessados, nacionais ou estrangeiros, à excepção dos membros do júri.
3. As inscrições são gratuitas.
4. O concurso tem como tema: «Boassas . “Aldeia de Portugal”»
5. Cada concorrente pode apresentar a concurso o máximo de três fotos.
6. As fotos, a cores ou a preto e branco, devem ter as seguintes dimensões:
- Dimensão mínima: 20x30
- Dimensão máxima: 30x40
Todas as fotografias devem ser montadas em janela de cartolina tipo “Bristol”, de modo a atingirem a dimensão de 40x50.
7. Cada trabalho deve conter no verso, em letra bem legível, o pseudónimo do concorrente e o título. As fotos a concurso devem ser acompanhadas da Ficha de Inscrição (ou fotocópia da mesma) devidamente preenchida.
8. a) Os trabalhos a concurso devem ser entregues em mão ou enviados pelo correio até ao dia 30 de Dezembro de 2005 (data de carimbo dos CTT), indicando no remetente apenas o pseudónimo, para:
I CONCURSO DE FOTOGRAFIA DA ASSOCIAÇÃO POR BOASSAS
CASA DO CERRADO, BOASSAS, OLIVEIRA DO DOURO
4690 – 405 CINFÃES
NOTA: A APOBO não se responsabiliza por quaisquer danos ou extravio dos trabalhos.
b) Conjuntamente com os trabalhos deve ser enviada uma carta fechada, contendo a Ficha de Inscrição e o pseudónimo (escrito em letra legível no exterior).
Haverá um júri para a selecção das provas e atribuição dos prémios e das suas decisões não haverá recurso.
Prémios:
1.º prémio: a definir
2.º prémio: a definir
3.º prémio: a definir
O júri pode ainda atribuir Menções Honrosas, de valor a definir
Todos os trabalhos premiados serão ainda publicados em forma de postal ilustrado.
O Júri pode deixar de conceder quaisquer prémios se entender que o nível dos trabalhos a concurso o não justifica.
Os autores dos trabalhos premiados serão avisados individualmente do prémio obtido.
Os trabalhos premiados ficarão propriedade da Associação Por Boassas, que os poderá usar para fim de exposição, publicação nos órgãos informativos e de divulgação da Associação por Boassas (APOBO) ou publicação de postais ilustrados, citando no entanto sempre o nome do autor e mantendo este os respectivos direitos.
Os restantes trabalhos serão devolvidos aos seus autores, desde que expressamente solicitado na ficha de inscrição. Para o efeito deve cada concorrente enviar a quantia de 3,50 € em cheque ou vale de correio.
Os trabalhos apresentados a concurso serão, no todo ou em parte, objecto de exposição (ou exposições) organizadas pela Associação Por Boassas.
Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos em definitivo pela Comissão Promotora. A simples participação no Concurso implica a aceitação total do regulamento.
A direcção da APOBO

terça-feira, outubro 04, 2005

Sardinheiras de Boassas


A Sr.ª Emília "Marranaca" e a Sr.ª Adelaide "Velhinha". Últimas representantes de uma actividade extinta e que foi outrora próspera e concorrida neste povoado milenar.

«(...) Sobre a cabeça protegida por um lenço a “rodilha” apoia a “canastra” que balouça graciosamente, num equilíbrio periclitante, fruto de muitos anos de prática. Na boca havia sempre uma frase dita alto e bom som, um pregão com que se dava a conhecer a sua presença e se chamava o comprador. Onde chegava a sardinheira instalava-se célere o movimento e a algazarra. À cinta um colorido avental, nos pés uns socos já gastos, puídos pelo lajedo áspero das calçadas, isto quando não se encontram nus e descalços. De postura firme e esbelta, a sua silhueta inconfundível era esperada com ansiedade pelas gentes da serra, que viam nela não só alguém que lhes levava um bem precioso, como também as notícias de outros lugares, novidades sobre pessoas conhecidas e amigas que viviam noutras paragens.(...)»

Excerto de "Sardinheiras de Boassas", do livro, Boassas, Uma Aldeia Com História, de Manuel da Cerveira Pinto.

sexta-feira, setembro 23, 2005

O "Pigarço"


"Na foto vemos Francisco Xis, de alcunha "Pigarço", um dos antigos "marinheiros" dos barcos rabelos do Rio Douro, infelizmente já partido do número dos vivos e por isso mais uma saudade". (Foto e texto do Prof. M. Cerveira Pinto)

Sobre a arquitectura do rabelo aconselhamos este artigo (com a devida vénia ao "A cidade surpreendente"). E também esta foto. Reconhecem o local?

segunda-feira, maio 16, 2005

O último dos "fulineiros"


«Rui Teixeira é o último representante de uma das mais nobres actividades artesanais da povoação de Boassas e uma das poucas ainda existentes - a latoaria. Não vão ainda muito longe os tempos em que na povoação eram mais de uma dúzia os latoeiros e funileiros em actividade. Recordo-me ainda de, em miúdo, no regresso da escola, passar no “Casal” e invariavelmente, parar na oficina do Sr. Constantino “fulineiro”, a observar espantado a destreza com que manejava, em as mãos calejadas, o compasso, a tesoura, o maço, a bigorna, a folha de Flandres, o estranho ferro de soldar que fazia a solda prateada e sólida derreter, e ainda todos aqueles utensílios que serviam para que, em poucos minutos, como que por magia, um amontoado disforme de chapas metálicas, se transformasse num belo e útil regador, numa luminosa candeia ou numa esbelta almotolia. (...)
Apesar de todas as contrariedades o Sr. Rui Teixeira não esmorece e actualmente é um dos grandes divulgadores do nome de Boassas e do concelho de Cinfães noutras regiões do país, nomeadamente através de algumas célebres feiras de artesanato onde vai participando, como a de Vila do Conde, tendo já sido distinguido em exposições e mostras de artesanato. Invariavelmente está também presente em feiras como as de Cinfães, Baião e Marco de Canavezes, mas é o seu trabalho, as suas graciosas e autênticas peças de artesanato genuíno que são a sua maior bandeira, a sua marca pessoal que projecta o seu nome e divulga a sua qualidade de artesão. A arte de Rui Teixeira foi já, também, alvo de interesse e estudo em publicações ligadas à etnografia.
Numa dessas recentes publicações faz-se menção da necessidade imperiosa de haver “um olhar diferente sobre o artesanato e as artes tradicionais na região, com criação de postos de venda e estímulos à produção...”. [1] Mesmo assim, apesar destes apelos quase desesperados, últimas diligências e esforços para que as artes tradicionais sobrevivam à globalização e massificação, tudo continua por fazer e, desta forma, um dia, o cantar do martelo sobre a bigorna vai-se calar definitivamente, empobrecendo irremediavelmente a sinfonia pastoral das artes e tradições da região, que um poder autárquico (e não só) insensível e inculto não sabe ou não quer preservar.»

[1] RIBEIRO, Nicolau / MARINHO, Sandra - Artesãos e artesanato no Douro-Tâmega, p. 57

(Excerto do livro "Boassas - Uma Aldeia com História" de Manuel da Cerveira Pinto)
(Photo . Sofia Beça . all wrights reserved)

terça-feira, maio 03, 2005

O moleiro e o seu burro


Andávamos há já algum tempo para colocar uma fotografia que referisse algum aspecto da cultura e tradição boassense. O comentário ontem deixado neste espaço pela Sónia Constante acabou por acelerar o processo. De facto (já o havíamos referido no artigo "O cipreste da Casa do Outeiro") são tão importantes, enquanto bens patrimoniais, as tradições, a gastronomia, os usos e os costumes como a paisagem, o artesanato ou a arquitectura... Assim (à falta de uma foto da Festa de Boassas - que ficamos a aguardar) optamos por escolher uma fotografia obtida no "desfile etnográfico" organizado pela Comissão de Festas de Boassas, em Julho de 2002. Nela podemos ver o moleiro (Marcelo de Sousa) trajando indumentária tradicional e o seu burro, devidamente engalanado para o evento festivo.

[Photo . Manuel da Cerveira Pinto (all wrights reserved)]