1. METODOLOGIA
A primeira reflexão metodológica é a necessidade de pensar em termos interdisciplinares e transdisciplinares nas intervenções urbanas. A abordagem deve ser integrada. Os vários elementos: a componente das energias, da produção, da circulação, dos consumos e da reciclagem, interagem uns nos outros. Assim, as questões naturais, técnicas e sociais são sistémicas e só podem ser abordadas segundo o pensamento da complexidade.
Essa abordagem deve ser mais profiláctica do que terapêutica. A cidade deve ser entendida como um eco-sistema. Tal perspectiva exige sair da visão “moderna” da cidade mega-máquina e procurar enquadrar a urbe como a expressão eco-sistémica da ligação da sociedade como componente da Biosfera. Este é o sentido lato com que se deve entender a paisagem antrópica.
A cidade como mega-máquina é dissipativa, consumista e contaminante. Tem como matriz o “Shoping Center”.
A eco-polis, cidade como eco-sistema regenerativo, funciona num processo integrado entre civilização, eco-técnica e biosfera.
A primeira reflexão metodológica é a necessidade de pensar em termos interdisciplinares e transdisciplinares nas intervenções urbanas. A abordagem deve ser integrada. Os vários elementos: a componente das energias, da produção, da circulação, dos consumos e da reciclagem, interagem uns nos outros. Assim, as questões naturais, técnicas e sociais são sistémicas e só podem ser abordadas segundo o pensamento da complexidade.
Essa abordagem deve ser mais profiláctica do que terapêutica. A cidade deve ser entendida como um eco-sistema. Tal perspectiva exige sair da visão “moderna” da cidade mega-máquina e procurar enquadrar a urbe como a expressão eco-sistémica da ligação da sociedade como componente da Biosfera. Este é o sentido lato com que se deve entender a paisagem antrópica.
A cidade como mega-máquina é dissipativa, consumista e contaminante. Tem como matriz o “Shoping Center”.
A eco-polis, cidade como eco-sistema regenerativo, funciona num processo integrado entre civilização, eco-técnica e biosfera.
2. CONCEPÇÃO DA PAISAGEM
Assim, a estrutura construída, o processo de urbanização, deve enquadrar-se na paisagem mais global e articular-se na cidade-região/cidade-natureza.
Como corolário deste ponto de vista procura-se então, em vez do uso de energias fósseis que levam ao esgotamento dos recursos naturais, criar uma produção de energias renováveis e eliminar uma produção com materiais poluentes e energias não limpas, evitando os resíduos contaminantes e tóxicos. Os lixos deveriam ser recicláveis, permitindo assim a substituição do metabolismo linear, próprio das máquinas, em metabolismo circular ou regenerativo dos seres vivos. Esta é toda a diferença existente entre um entendimento da cidade como máquina ou da cidade como “ecosistema”.
3. MULTIFUNCIONALIDADE
A monofuncionalidade, ou seja, a separação das actividades urbanas, característica dos zonamentos da cidade-máquina “moderna”,deve dar lugar a uma interacção onde os mesmos elementos podem constituir respostas multifuncionais.
Isto é particularmente importante no que diz respeito à relação entre paisagem natural e edificação. As árvores e os arbustos, a reorganização do planeamento vegetal em geral, e também a reorganização hidrológica, constituem factores não apenas susceptíveis de embelezamento estético mas de bioclimatização e de biodepuração.
Jacinto Rodrigues
Professor universitário
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