segunda-feira, maio 30, 2005

Pequenas coisas (II)

Continuamos, com a ajuda da "ecosfera" a dar algumas sugestões de pequenos gestos para melhorar o mundo em que vivemos...assim, e ainda no campo da alimentação:

- Cultive os alimentos de que precisa. Assim estará a poupar dinheiro ao mesmo tempo que contribui para a redução da energia usada na produção e transporte comercial dos produtos.
- Evite serviços de "fast food" porque estes produzem grandes desperdícios: guardanapos de papel, copos e palhinhas de plástico, pacotes de ketchup e maionese, caixas de cartão, etc.
- Evite comprar peixes com tamanhos abaixo dos estipulados por lei. Vêr site de Inspecção Geral de Pescas sobre as espécies sujeitas a tamanho ou peso mínimo de captura em águas oceânicas.

domingo, maio 22, 2005

Arquitectura tradicional


Mais um exemplar da belíssima arquitectura popular de Boassas que, lamentavelmente, todos os dias se vai perdendo e que há que preservar. Esta localiza-se nos "Lameirinhos" e é propriedade da já mencionada "Casa do Cubo". Embora se encontre ainda em boas condições (e boas mãos) está desabitada, pelo que corre o inerente risco de degradação. Esperemos que haja os apoios necessários, agora que, graças à APOBO, Boassas foi classificada como "Aldeia de Portugal", para restaurar e preservar estes magníficos exemplares da arquitectura tradicional da região.
[Photo . arq. Renato Brito . all wrights reserved]

"Aldeias de Portugal" no Expresso

Não fala em Boassas (ainda), mas pensamos ser interessante a notícia, até para se tirarem algumas ilações...

«TURISMO RURAL NO MINHO TRAVA A DESERTIFICAÇÃO»
«Os lugares de Agra e Campos, no concelho de Vieira do Minho, acabam de ser classificados como "Aldeias de Portugal", uma distinção que incentiva a preservação das tradições e da ruralidade e a valorização do seu espaço natural, gastronomia e arquitectura. Três outras aldeias do concelho, Lamalonga, Louredo e Espindo, vão seguir-lhes o exemplo. A aposta do município minhoto no desenvolvimento do turismo rural é uma tentativa de travar a progressiva desertificação das povoações, para o que conta atrair alguma iniciativa empresarial e a consequente criação de novos postos de trabalho.
A visibilidade do projecto "Aldeias de Portugal" coloca Vieira do Minho na rota europeia de turismo rural, uma rede de cooperação que já conta com mais de uma dezena de aldeias portuguesas num conjunto mais vasto, que abrange experiências congéneres em Itália, Holanda, Espanha e Irlanda. (Diário do Minho)»

Rafael Pérez expõe em Boassas

O grande artista/ceramista Rafael Pérez, que participou no "I Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas" no ano passado, e que já visitou a aldeia posteriormente, pretende realizar uma exposição de trabalhos no café do Sr. Fernando Gregório. Este mostrou-se agradado com a ideia e já acedeu ao pretendido. Embora saibamos que o artista estará por Boassas na segunda quinzena de Junho falta ainda saber a data exacta do evento, que afixaremos aqui logo que conhecida.

quarta-feira, maio 18, 2005

Lamentável !

Pelos vistos o "imbróglio" é jeitoso... Segundo esta notícia do "Público", os senhores políticos "metem os pés pelas mãos" e as árvores, neste caso sobreiros e que é suposto estarem protegidos por lei é que pagam. Em nome de quê? Da sua ideia torpe de "progresso" e de "utilidade pública". O país está (continua) a saque e aqui nem sequer podemos dizer que não foi obra do "Espírito Santo"!!!

terça-feira, maio 17, 2005

"Reciprocidades"

O nosso humilde "blog" tem (pelo menos) duas "reciprocidades". Uma a partir do brilhante "Sargaçal" e outra através do não menos notável "Dias com árvores". Ou seja, quem aceder a esses "locais" tem, tal como inversamente nós fazemos aqui no "Boassas", acesso directo ao nosso espaço. A ambos o nosso muito obrigado. É lisonjeiro sabermo-nos apreciados...

Pequenas coisas (I)...

Seguindo as pisadas da "Ecosfera" aproveitamos a deixa para dar algumas dicas para algo que todos podemos fazer pelo ambiente. Ainda porque há que "agir localmente e pensar globalmente"...
Alimentação
-Evite comprar alimentos que contenham aditivos, corantes e conservantes desnecessários.
- Procure comprar ovos do campo e não ovos de galinhas criadas em aviários. Muitos destes animais não têm as condições de vida necessárias.
- Compre fruta e vegetais biológicos, uma vez que não contêm produtos químicos.
- Tente a comida vegetariana. Ao consumir alimentos de níveis mais baixos da cadeia alimentar [vegetais, cereais, legumes e menos carne] está a reduzir o uso de recursos naturais na produção alimentar. Pode consultar uma lista de restaurantes vegetarianos em:
http://lazer.publico.pt
- Evite a carne. O seu consumo implica a canalização dos cereais para alimentar gado em vez de pessoas e a destruição da floresta para criação de pastagens.
- Quando comprar carne, procure certificar-se de que esta provém de animais criados em boas condições e mortos sem sofrimento desnecessário.

segunda-feira, maio 16, 2005

O último dos "fulineiros"


«Rui Teixeira é o último representante de uma das mais nobres actividades artesanais da povoação de Boassas e uma das poucas ainda existentes - a latoaria. Não vão ainda muito longe os tempos em que na povoação eram mais de uma dúzia os latoeiros e funileiros em actividade. Recordo-me ainda de, em miúdo, no regresso da escola, passar no “Casal” e invariavelmente, parar na oficina do Sr. Constantino “fulineiro”, a observar espantado a destreza com que manejava, em as mãos calejadas, o compasso, a tesoura, o maço, a bigorna, a folha de Flandres, o estranho ferro de soldar que fazia a solda prateada e sólida derreter, e ainda todos aqueles utensílios que serviam para que, em poucos minutos, como que por magia, um amontoado disforme de chapas metálicas, se transformasse num belo e útil regador, numa luminosa candeia ou numa esbelta almotolia. (...)
Apesar de todas as contrariedades o Sr. Rui Teixeira não esmorece e actualmente é um dos grandes divulgadores do nome de Boassas e do concelho de Cinfães noutras regiões do país, nomeadamente através de algumas célebres feiras de artesanato onde vai participando, como a de Vila do Conde, tendo já sido distinguido em exposições e mostras de artesanato. Invariavelmente está também presente em feiras como as de Cinfães, Baião e Marco de Canavezes, mas é o seu trabalho, as suas graciosas e autênticas peças de artesanato genuíno que são a sua maior bandeira, a sua marca pessoal que projecta o seu nome e divulga a sua qualidade de artesão. A arte de Rui Teixeira foi já, também, alvo de interesse e estudo em publicações ligadas à etnografia.
Numa dessas recentes publicações faz-se menção da necessidade imperiosa de haver “um olhar diferente sobre o artesanato e as artes tradicionais na região, com criação de postos de venda e estímulos à produção...”. [1] Mesmo assim, apesar destes apelos quase desesperados, últimas diligências e esforços para que as artes tradicionais sobrevivam à globalização e massificação, tudo continua por fazer e, desta forma, um dia, o cantar do martelo sobre a bigorna vai-se calar definitivamente, empobrecendo irremediavelmente a sinfonia pastoral das artes e tradições da região, que um poder autárquico (e não só) insensível e inculto não sabe ou não quer preservar.»

[1] RIBEIRO, Nicolau / MARINHO, Sandra - Artesãos e artesanato no Douro-Tâmega, p. 57

(Excerto do livro "Boassas - Uma Aldeia com História" de Manuel da Cerveira Pinto)
(Photo . Sofia Beça . all wrights reserved)

quarta-feira, maio 11, 2005

Conferência de Valência


Ainda o "I Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas", desta feita para falar um pouco da conferência decorrida no Museu Nacional de Cerâmica González Martí, em Valência - Espanha. O encontro referido, deu origem a duas exposições, uma na Maia (Portugal) e outra em Valência (Espanha). Esta segunda foi um verdadeiro sucesso. Ao fim de um mês haviam visitado a exposição cerca de 25.000 pessoas, segundo dados do próprio museu. De tal forma que este pediu à organizadora (Sofia Beça) para que a exposição se prolongasse por mais tempo. O museu acabou ainda por convidar os artistas participantes no evento a realizar uma conferência onde falassem sobre "a experiência de Boassas". É esse o momento que a foto documenta. Na foto vemos (da esquerda para a direita): Fernando Malo (Esp.); Xavier Fanlo (Esp.); Juan Ortí (Esp.); Rafael Pérez (Esp.); Sofia Beça (Port.); Arcadio Blasco (Esp.); Kaori Yamauchi e Yasuyuki Ise (Jap.). Faltaram a pintora/ceramista Rute Marcão e o músico/compositor Gustavo Costa. Esperemos que para o ano se possa realizar um novo encontro, que tenha pelo menos tanto sucesso e repercussão quanto este. Ainda hoje tivemos conhecimento de que o ceramista Rafael Pérez pretende fazer uma exposição em Boassas no próximo mês de Junho. A ver vamos se se confirma...

(Photo . C. Guzmán . all wrights reserved)

domingo, maio 08, 2005

Vista da "Lapa da Chã"


É, sem dúvida, um dos mais bonitos locais da região de Boassas, autêntica atalaia natural sobre o Douro. Infelizmente, actualmente, é praticamente impossível aceder ao local porque não há um caminho mínimamente limpo. Da última vez que visitamos o alcantilado rochedo, com um casal amigo de Espanha, a Miriam e o Juan Orti, ficamos extenuados e todos arranhados... Impossível repetir. Não fosse o local ser o que se vê na foto e teríamos ficado seriamente arrependidos... As autarquias não se podem apenas preocupar com as estradas. Há muita gente que gosta de andar a pé...

[Photo . Manuel da Cerveira Pinto . all wrights reserved]

"Portugal a vôo de pássaro"

Ao compulsarmos, como habitualmente o magnífico "Dias com árvores" tropeçamos com este artigo de José Pacheco Pereira (e demais comentários), chamado "Portugal a vôo de pássaro". Vale a pena ler. Não é nada que já não saibamos e que não nos tenhamos já apercebido há muito. Estranha-se é como só agora, pessoas como Pacheco Pereira, pareçam dar-se conta da situação catastrófica do país em termos ambientais, de (des)ordenamento territorial, de destruição de recursos, da fealdade e falta de qualidade no património construído (90% da construção continua a ser feita por não arquitectos...), da degradação da paisagem; etc. etc..., ainda assim mais vale tarde...

Também não admira que o país esteja assim, com situações como esta...
Por outro lado, os exemplos positivos vêm, como de costume, ou de particulares, ou de movimentos associativos...

O movimento das "Ecoaldeias"

Os estatutos da Associação Por Boassas [APOBO] mencionam que esta tem por fim o desenvolvimento, salvaguarda, promoção e divulgação da aldeia com especial incidência em algumas áreas, entre as quais aquelas de tipo ambiental e ecológico. Deste modo, gostaríamos que o desenvolvimento de Boassas se começasse a fazer tendo como orientação alguns dos princípios ecológicos e éticos que norteiam o movimento das "ECOALDEIAS". Assim, nesta perspectiva, penso que fará todo o sentido transcrever o artigo intitulado:

"O Significado global do movimento das ecoaldeias"

Por Ted Trainer (Faculdade de Letras da Universidade de Nova Gales do Sul, Kensington, Austrália)

«Defendi com ardor, em várias situações, que o destino do planeta depende do sucesso do Movimento das Ecoaldeias. A sociedade actual, assente no triângulo indústria-riqueza-consumismo, é insustentável e injusta, envolvendo taxas de utilização de recursos per capita que são impossíveis de atingir por toda a população. Os países ricos apenas podem manter esses níveis porque estão a retirar muito além da parcela dos recursos mundiais a que têm direito, condenando assim, milhões de seres humanos a níveis extremos de pobreza. Contudo, o objectivo último da sociedade em que vivemos continua a ser o crescimento económico! Isto é, trabalha-se para aumentar ilimitadamente os níveis de produção e de consumo, o nível de vida e o PIB.

Alguns simples indicadores bastam para percebermos a impossibilidade e o absurdo deste tipo de mentalidade (para uma análise mais detalhada ver Trainer, 1995, 1998). Se, em 2070, todos os habitantes do planeta tivessem a possibilidade de atingir o nível de vida que se tem hoje nos países ricos, necessitaríamos de 8 vezes mais terra produtiva no planeta do que a que possuímos agora, e teríamos de produzir 8 a 10 vezes mais quantidade de minério e de combustível do que no presente.

Quando a magnitude desta realidade for compreendida, chegar-se-á à conclusão que não será possível atingir uma ordem mundial justa e sustentável sem uma mudança drástica para um “modo mais simples de viver”, ou seja, para um estilo de vida mais despojado materialmente, utilizando apenas o estritamente necessário a uma boa qualidade de vida, assente na cooperação, e em comunidades relativamente auto-suficientes inseridas num sistema económico totalmente novo.

De que forma poderemos contribuir para que se faça a transição para um ordem mundial sustentável? Na minha opinião, a resposta está em desenvolver ecoaldeias de tal modo exemplares que, quando o modelo actual de sociedade de consumo falhar, as pessoas possam perceber que existe outra alternativa, uma alternativa mais sã, viável, atractiva, justa e ambientalmente sustentável.

A responsabilidade do Movimento das Ecoaldeias é, por isso, enorme. O “modo mais simples de viver” não será desenvolvido pelos governos, corporações, economistas ou entidades oficiais. Só se disseminará se pequenos grupos de indivíduos resolverem construir estas novas comunidades pelos seus próprios meios. Provavelmente, teremos apenas cerca de 20 anos para fazer desta alternativa uma alternativa viável e globalmente aceite, pois é possível que ainda antes de 2020 enfrentemos uma grave crise de falta de petróleo (Campbell, 1997).

Pessoalmente, penso que este cenário fornece vários pontos importantes nos quais o Movimento das Ecoaldeias se pode focar. Em primeiro lugar, devemos centrar a nossa atenção, mais especificamente, em conceitos como a simplicidade, a auto-suficiência e a cooperação no âmbito de sistemas económicos não movidos pelo lucro e crescimento económico gerados pela economia de mercado. Tenho conhecimento de que muitas das comunidades que se autodenominam "ecoaldeias", não têm verdadeiramente em conta este tipo de princípios. Na verdade, muitas albergam estilos de vida e habitações típicas do mais puro consumismo, e ainda individualismo, pouca produção colectiva e auto-suficiência, e propriedades comunitárias.

Em segundo lugar, desenvolver apenas algumas aldeias modelo não servirá de muito. A tarefa essencial é fazer com que a sociedade de consumo perceba que existem realmente comunidades e estilos de vida que permitem uma ordem mundial sustentável e também uma boa qualidade de vida. Por essa razão, devemos levar a cabo uma incansável campanha pedagógica, mas, até à data, o Movimento das Ecoaldeias não conseguiu resultados satisfatórios neste domínio. Muitos de nós continuam a gozar um estilo de vida alternativo, sem se preocupar demasiado em fazer com que as pessoas que vivem na sociedade de consumo percebam o significado global do movimento.

Em terceiro lugar, é necessário estabelecer ligações mais eficazes com outros focos existentes de oposição à sociedade de consumo, tal como organizações ambientalistas, grupos do Terceiro Mundo, e organizações de Esquerda. O importante é demonstrar a estes grupos que a possibilidade de atingirem os seus objectivos (eliminação da pobreza, libertação do Terceiro Mundo, paz global e salvar o ambiente) passa necessariamente pela adopção do estilo de vida vivido nas ecoaldeias.»

Ted Trainer

sexta-feira, maio 06, 2005

O nome de Boassas

Um comentário deixado aqui no "blog" ao nosso artigo "O cipreste da Casa do Outeiro", por Manuela D. L. Ramos, do notável "Dias com árvores", questionava-nos sobre a origem do nome de Boassas. Começo por referir que não há um consenso sobre esta questão, sendo indubitável que a povoação é muito antiga e que já era mencionada antes da nacionalidade, no tempo de Ordonho II, rei de Leão. Há uma ruína de uma azenha com data de 1072 e a aldeia teve foral em 1253. Sobre a origem do nome há uma lenda (que oportunamente contaremos), que predomina, e consegui identificar dois autores com duas versões diferentes, embora com um ponto comum. Ambos remetem o nome para uma origem árabe...
Já mais do que uma vez escrevi sobre este assunto e aproveito a deixa para fazer uma auto-citação da recente tese «O Douro no Garb al-Ândalus. A região de Lamego durante a presença árabe»...
Assim, "o primeiro indício de que o topónimo Boassas (talvez fosse mais correcto grafar-se Boaças) seria de origem árabe e que me despertou a curiosidade, foi dado pela leitura do livro de Manuel Gonçalves da Costa, “História do Bispado e Cidade de Lamego”, num parágrafo em que refere o seguinte:“...Boassas. Este último topónimo não deriva de “boa assás”, mas possivelmente da arábica Habaxa, com o significado de «aldeia negra», como opinou Pinho Leal, e o lugar foi vila e cabeça de couto, regulado por uma carta de foral de D. Afonso III, passada a 15 de Março de 1253.” [1] Tal significado e proveniência, contudo, não se nos afigura muito credível, parecendo-nos mais lógica, bem documentada e coerente, a hipótese proposta por Almeida Fernandes. Significativamente, porém, mantém-se a origem árabe do topónimo, remetendo o autor, no entanto, uma análise mais profunda para um arabista, e refere:“Boaças: freguesia de Oliveira do Douro, concelho de Cinfães. (...)
A forma Boaças é a correcta: 1258 Avoazas IS 981 este mesmo lugar. (...) Avoaças < > Aboaças, a forma antiga, parece-me ser antroponímica arábica, embora de Abolace (1041 Zidi Abolace DC 314) fosse de esperar «Abolaces», o plural - ou melhor, Aboaces: mas não é raro -es >-as: cp. Máceras (Tarouca) <>
[2]

Espero ter sido elucidativo e não demasiado maçador. A lenda terá que ficar para outra altura. Será apenas de salientar que, ao contrário do que é uma ideia feita, os indícios da presença árabe na região são prolíferos e evidentes...

Siglas utilizadas
IS - Inquisitiones; DC - Diplomata et Chartae. (Portugaliae Monumenta Historica)

Bibliografia consultada

[1] COSTA, M. Gonçalves da - História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. II, (6 volumes), Lamego, 1977-1984, pág. 368[2] FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia portuguesa (exame a um dicionário), Arouca, Associação para a Defesa da Cultura Arouquense, 1999, pág. 96

terça-feira, maio 03, 2005

Boassas . "Aldeia de Portugal"


Ainda não é oficial, mas é de fonte segura. Boassas integra, desde a passada semana, o projecto nacional designado "Aldeias de Portugal". A Associação de Turismo de Aldeia [ATA] votou favoravelmente a adesão de Boassas. Motivo, portanto, de júbilo e regozijo. Boassas está de parabéns. Oxalá saibamos ser merecedores de tal distinção...

O moleiro e o seu burro


Andávamos há já algum tempo para colocar uma fotografia que referisse algum aspecto da cultura e tradição boassense. O comentário ontem deixado neste espaço pela Sónia Constante acabou por acelerar o processo. De facto (já o havíamos referido no artigo "O cipreste da Casa do Outeiro") são tão importantes, enquanto bens patrimoniais, as tradições, a gastronomia, os usos e os costumes como a paisagem, o artesanato ou a arquitectura... Assim (à falta de uma foto da Festa de Boassas - que ficamos a aguardar) optamos por escolher uma fotografia obtida no "desfile etnográfico" organizado pela Comissão de Festas de Boassas, em Julho de 2002. Nela podemos ver o moleiro (Marcelo de Sousa) trajando indumentária tradicional e o seu burro, devidamente engalanado para o evento festivo.

[Photo . Manuel da Cerveira Pinto (all wrights reserved)]

segunda-feira, maio 02, 2005

Feira Internacional de Turismo de Sevilha

Tal como já havíamos referido, vai decorrer entre os próximos dias 5 e 8 deste mês, a Feira Internacional de Turismo de Sevilha - Espanha. A APOBO tem possibilidade de facultar entradas (convites) para os associados que se queiram deslocar a essa magnífica cidade andaluza... A ATA (Associação de Turismo de Aldeia) vai lá estar presente com material promocional das povoações que integram o projecto "Aldeias de Portugal", entre as quais Boassas. Vai haver um stand de 35 m2, com aspectos alusivos às Aldeias, entrega de material promocional e passagem de slides em powerpoint.

Assembleia Geral

Decorreu ontem, dia 1 de Maio, a 1.ª Reunião ordinária da Assembleia Geral da APOBO. O evento foi apenas medianamente concorrido, para o que muito terá contribuído a chuva intensa que se fazia sentir. Contudo a participação foi deveras animada, interessante e positiva... Foi aprovado o plano de actividades e respectivo orçamento. Por unanimidade... As questões colocadas foram, regra geral, pertinentes e elucidativas. Uma das realidades mais notadas e sentidas foi a necessidade do apoio aos idosos e a pessoas incapacitadas, o que acaba por ir de encontro ao estabelecido no próprio Plano de Actividades agora aprovado. Ficamos também, sem dúvida, a conhecer um pouco melhor a realidade actual de Boassas. Obrigado e bem haja a todos os participantes.