"Nos últimos anos tem surgido alguma discussão em torna da possibilidade de construir em Portugal uma central nuclear. Frequentemente, nesta discussão, o nuclear tem sido apresentado como sendo uma energia limpa e barata, ideias que não correspondem à realidade. Na verdade, considerando todos os custos inerentes ao ciclo de vida de uma central, a energia nuclear é muito mais cara do que as outras formas de produção de electricidade, especialmente se se considerarem os custos do tratamento dos resíduos por centenas e mesmo milhares de anos. Contrariamente ao que muitas vezes é referido, a produção de energia nuclear não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas. A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente para este balanço.
Por outro lado, para além do problema da longevidade dos resíduos nucleares (dezenas a centenas de milhar de anos), esta fonte de energia eléctrica não é renovável e prevê-se que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas. Acresce que a exploração de urânio representa graves problemas ambientais, como o testemunham o passivo ambiental deixado por esta actividade em Portugal."
In "Boletim Electrónico da Quercus n.º 114" de 22-07-2008
Sobre este tema ver também no blogue "Quinta do Sargaçal" o artigo "Manobra nuclear"
Por outro lado, para além do problema da longevidade dos resíduos nucleares (dezenas a centenas de milhar de anos), esta fonte de energia eléctrica não é renovável e prevê-se que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas. Acresce que a exploração de urânio representa graves problemas ambientais, como o testemunham o passivo ambiental deixado por esta actividade em Portugal."
In "Boletim Electrónico da Quercus n.º 114" de 22-07-2008
Sobre este tema ver também no blogue "Quinta do Sargaçal" o artigo "Manobra nuclear"
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