Surpreendentemente, ou talvez não, notícias recentes voltaram a trazer "à baila" a questão da tão proclamada "liberdade de expressão", que tão arreigadamente têm defendido os jornalistas. No caso trata-se da opinião de dois juízes portugueses. Numa situação, por um deles se ter pronunciado publicamente sobre um recente "caso" célebre e mediático, o Conselho Superior de Magistratura instaurou-lhe um processo disciplinar, na outra situação, tal sucedeu por o mesmo ter usado num "blogue" "linguagem imprópria" (!!!????)... Pelos vistos a "liberdade de expressão" tem limites - e que limites!... Recordamos que é punível por lei "ofender" os símbolos pátrios (por exemplo não se podem deixar as bandeiras nacionais a "apodrecer" nas janelas, como vemos em tantas casas portuguesas) e lembramo-nos dos problemas que teve o actor João Grosso por um dia ter pisado, numa actuação teatral, a bandeira nacional. É proibido ser anti-semita, ou ostentar ideologia nazi e, não tarda nada, negar o Holocausto e as aparições de Fátima, por exemplo... Pelo mesmo caminho e devido à sua linguagem "obscena", irão os livros de Sade, de Henry Miller, Masoch e até o "Capuchinho Vermelho". Em Inglaterra é proibido representar qualquer membro da família real despojado de vestuário, ou seja, nú!!!... Enfim, pelo menos ainda temos a liberdade de publicar, por exemplo, um "cartoon" do profeta Mohammed (ou Maomé) a ser violado por um cão, enquanto está a rezar virado para Meca... Não há que ceder ao "fundamentalismo", pois então. Felizmente que os jornalistas da praça estão bem atentos a estas questões, senão o que seria da "nossa" liberdade de expressão?...
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