Há algum tempo atrás denunciámos aqui uma situação gritante de desrespeito pelo meio ambiente, Plano Director Municipal, POARC e outros intrumentos legislativos e de ordenamento do território, inclusive obras em zona de Reserva Ecológica e Agrícola, efectudas sem licença e usurpação do domínio público. Passado quase um ano e embora as obras tenham sido declaradas ilegais e inclusive tenham merecido a atenção por parte das autoridades, tudo continua na mesma. Ou antes, pior... já que nada foi feito por parte das entidades competentes, nomeadamente das autarquias. Porque é que esta gente pode fazer tudo o que lhe apetece e um vulgar cidadão, que cumpra a lei, tenha o máximo respeito pelo domínio público e tente fazer as coisas pela via legal, enfrenta toda a espécie de entraves e dificuldades?... Alguém me sabe responder?... Terá alguma coisa a ver com o tal "Freeport"????... E as associações locais, porque estão tão caladas?...
Tudo (e mais alguma coisa) sobre Boassas . Aldeia de Portugal... "A viagem tempera o carácter" (Provérbio árabe)
quinta-feira, janeiro 29, 2009
terça-feira, janeiro 27, 2009
Que turismo em Boassas?
Numa altura em que a crise afecta praticamente todos os sectores da vida económica o turismo parece gozar ainda de boa saúde. Claro que esta área não está imune e a recessão também aí se irá fazer sentir. Creio porém que uma gestão racional e organizada dos recursos poderia atenuar fortemente esta tendência. No entanto é precisamente o contrário que vemos fazer. Aposta-se muito mais em indústrias poluentes, asfalto e betão, do que na manutenção dos recursos naturais e paisagísticos, na arte, ou na cultura... mesmo quando a aposta se faz nestas áreas, raramente impera o bom-senso. Preferem-se os grandes empreendimentos que favorecem as multinacionais e o capital centralizado nas grandes urbes, aos pequenos projectos turísticos locais, que trazem benefícios directos sobre a população residente.
Neste aspecto posso dizer que preconizei um certo pioneirismo em Boassas ao fazer o projecto, a expensas próprias, para a primeira unidade turística local - a denominada "Casa do Lódão". Têm-se dito muitas asneiras a propósito do surgimento desta unidade turística, nomeadamente que "surgiu para colmatar a falta de alojamento turístico na região". Na realidade a unidade surge por exclusiva ideia minha, no sentido de recuperar o edifício e torná-lo rentável economicamente. Decidi fazer e aprovar o projecto porque estava sentido e magoado com o meu pai, isto porque embora lhe tivesse pedido que não o fizesse, ele havia mandado demolir parcialmente o edifício, "para passar o tractor". Muitos anos depois de lhe oferecer o projecto aprovado, e após muita insistência da minha mãe, o meu pai decidiu então fazer a obra, que é hoje um caso de sucesso...
Contudo após todo este tempo (a obra está a funcionar há cerca de 5 anos) o exemplo ainda não colhe a opinião favorável da maioria da população, embora, e ao contrário do que auguravam todas as opiniões, seja, como dissémos, um assinalável caso de sucesso. De facto o mais difícil é mudar mentalidades!...
Cheguei a fazer ainda mais dois projectos de turismo para Boassas e um terceiro nas proximidades, no lugar do Lodeiro. Um foi a chamada "Casa dos Goivos", de que já aqui falei. Fiz, sem custos para os proprietários, a pré-inscrição na Direcção Geral do Turismo, que seria aprovada. No entanto, numa atitude incompreensível, a casa viria a ser demolida pouco depois pelos próprios donos... (Dá Deus nozes...!!!!!). O outro projecto que fiz e aprovei (tanto na Direcção Geral do Turismo, como na Câmara) foi para a multissecular "Casa do Cerrado" (na foto). A propriedade é também do meu pai e o projecto previa uma unidade de turismo rural com 6 quartos. O projecto acabou por ficar na gaveta e a inoperância e desleixo deixou que expirasse a validade do mesmo na câmara... (Mais uma vez, "as nozes"...!!!!). O terceiro projecto, da "Casa do Lodeiro", apenas chegou a ser esboçado. Ainda assim, mais uma vez de forma altruísta, cheguei a abrir o necessário processo, preenchi a ficha de inscrição no turismo e realizei o levantamento fotográfico... o levantamento arquitectónico apenas não foi realizado porque, embora planeada, não cheguei a acertar a data com o meu colega arq. Renato de Brito... E ainda bem!...
Neste aspecto posso dizer que preconizei um certo pioneirismo em Boassas ao fazer o projecto, a expensas próprias, para a primeira unidade turística local - a denominada "Casa do Lódão". Têm-se dito muitas asneiras a propósito do surgimento desta unidade turística, nomeadamente que "surgiu para colmatar a falta de alojamento turístico na região". Na realidade a unidade surge por exclusiva ideia minha, no sentido de recuperar o edifício e torná-lo rentável economicamente. Decidi fazer e aprovar o projecto porque estava sentido e magoado com o meu pai, isto porque embora lhe tivesse pedido que não o fizesse, ele havia mandado demolir parcialmente o edifício, "para passar o tractor". Muitos anos depois de lhe oferecer o projecto aprovado, e após muita insistência da minha mãe, o meu pai decidiu então fazer a obra, que é hoje um caso de sucesso...
Contudo após todo este tempo (a obra está a funcionar há cerca de 5 anos) o exemplo ainda não colhe a opinião favorável da maioria da população, embora, e ao contrário do que auguravam todas as opiniões, seja, como dissémos, um assinalável caso de sucesso. De facto o mais difícil é mudar mentalidades!...
Cheguei a fazer ainda mais dois projectos de turismo para Boassas e um terceiro nas proximidades, no lugar do Lodeiro. Um foi a chamada "Casa dos Goivos", de que já aqui falei. Fiz, sem custos para os proprietários, a pré-inscrição na Direcção Geral do Turismo, que seria aprovada. No entanto, numa atitude incompreensível, a casa viria a ser demolida pouco depois pelos próprios donos... (Dá Deus nozes...!!!!!). O outro projecto que fiz e aprovei (tanto na Direcção Geral do Turismo, como na Câmara) foi para a multissecular "Casa do Cerrado" (na foto). A propriedade é também do meu pai e o projecto previa uma unidade de turismo rural com 6 quartos. O projecto acabou por ficar na gaveta e a inoperância e desleixo deixou que expirasse a validade do mesmo na câmara... (Mais uma vez, "as nozes"...!!!!). O terceiro projecto, da "Casa do Lodeiro", apenas chegou a ser esboçado. Ainda assim, mais uma vez de forma altruísta, cheguei a abrir o necessário processo, preenchi a ficha de inscrição no turismo e realizei o levantamento fotográfico... o levantamento arquitectónico apenas não foi realizado porque, embora planeada, não cheguei a acertar a data com o meu colega arq. Renato de Brito... E ainda bem!...
terça-feira, janeiro 20, 2009
Auto-censura
A pior censura é sempre aquela que impomos a nós próprios. Dei por mim a perguntar-me porque motivo não me apetecia escrever ou publicar o que quer que fosse. A resposta acabaria por chegar, de forma natural, quando ao conversar com alguém acabei por dizer que apenas me apetecia escrever sobre a Palestina. Nos tempos que correm, em que mal nos pronunciamos sobre a situação do povo palestiniano logo somos apelidados de anti-semitas, acabamos por nos impor este silêncio ensurdecedor... Em jeito de redenção, aqui fica um belíssimo poema do maior poeta palestiniano (perseguido pelas autoridades israelitas, pela sua intifada das palavras...), acompanhado de um expressivo desenho de José Emídio.
Para uma melhor informação ver o "dossier" do jornal "Público": "Guerra em Gaza"
Para uma melhor informação ver o "dossier" do jornal "Público": "Guerra em Gaza"
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