quinta-feira, janeiro 24, 2013

"Montanhas Mágicas" na Carta Europeia de Turismo Sustentável

Sete concelhos compreendidos nos territórios das serras de Montemuro, Arada e Gralheira assinaram os princípios básicos da Carta Europeia de Turismo Sustentável. O objectivo é a promoção comum de sete produtos turísticos integrados na iniciativa «Montanhas Mágicas».
 
É essa a expressão que designa o território abrangido pela Associação para o Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), que, com a adesão à da Carta Europeia de Turismo Sustentável (uma iniciativa da Federação Europeia de Parques Nacionais e Naturais - EUROPARC), pretende valorizar sete produtos dos concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra: as práticas de águas bravas, o termalismo, o património geológico, a paisagem serrana, a cultura regional, a gastronomia e os vinhos locais.

José Artur Neves, que preside à direcção da ADRIMAG, declarou que «o que muda hoje é a visão de desenvolvimento destes municípios, que deixam de ter uma estratégia isolada do que querem para si próprios e passam a implementar um plano de acção colectivo, em que todos contribuem para a valorização das singularidades próprias deste território especial de montanha».

Para já, só estão em causa «projectos imateriais», mas o objectivo é que a Carta Europeia de Turismo Sustentável proporcione um novo impulso às «possibilidades de investimento material no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio».

Uma das hipóteses em aberto é a expansão do Geoparque de Arouca a São Pedro do Sul e Vale de Cambra, de forma a que todo esse novo território continue a ser reconhecido como património geológico da Humanidade pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação , Ciência e Cultura. «Esses municípios têm em comum a serra da Freita e seria do interesse de todos, inclusive dos turistas, que os seus recursos endógenos únicos estivessem devidamente agrupados», explicou José Artur Neves.

A Carta Europeia de Turismo Sustentável é reconhecida pela ADRIMAG como «um certificado de excelência atribuído a um território com valor ambiental em que se desenvolve - ou se pretende desenvolver - um turismo de qualidade em moldes sustentáveis e com respeito pelos valores ambientais e interesses económicos das comunidades».

A confirmar-se a adesão à Federação Europeia de Parques, as chamadas «
Montanhas Mágicas» passarão a integrar uma rede que, actualmente, é constituída por 89 territórios protegidos e classificados, dispersos por nove países.

Esse acompanhamento facilitará a promoção de soluções comuns e de maior escala, visando quatro grandes objectivos: uma melhor planificação turística do território; a criação de uma oferta de produtos turísticos baseados nos recursos locais; a consolidação dessa oferta junto de nichos de mercado específicos e o reforço das possibilidades de acesso a novas fontes de financiamento.
 
In "Café Portugal/Lusa"; foto - ADRIMAG | quarta-feira, 23 de Janeiro de 2013

segunda-feira, janeiro 07, 2013

ANEDOTÁRIO CINFANENSE (III)


Colóquio Internacional . Arquitectura Popular



O Município de Arcos de Valdevez vai organizar um Colóquio Internacional sobre Arquitectura Popular, nos dias 3 a 6 de Abril de 2013, convidando para esse efeito investigadores de diferentes áreas científicas a reflectir sobre este tema nas suas vertentes arquitectónicas, urbanísticas e culturais. A Comissão Científica do Colóquio integra investigadores de diversas universidades e instituições de Portugal, de Espanha e do Brasil, e que vêm trabalhando este tema.

A Arquitectura Popular é uma componente essencial e elemento definidor da cultura de um povo. Inclui-se neste conceito não apenas a Arquitectura no sentido estrito, mas também as suas relações com as formas de organização do território, as estruturas de povoamento e de organização urbana. A compreensão desta cultura arquitectónica de raiz popular é essencial para a permanência da memória, das tradições e da cultura das comunidades, para a preservação da sua identidade e o respeito pela sua história, sendo determinante para evitar a destruição da paisagem. Torna-se necessário estudar e divulgar esta cultura arquitectónica, explicitando a importância da preservação deste património, que deve desempenhar um papel cada vez mais importante como referência para o futuro das comunidades, como motor de desenvolvimento económico e social e como referência para uma arquitectura contemporânea enraizada na nossa cultura e tradições.

Para mais informação: https://sites.google.com/site/coloquioarquitecturapopular/