terça-feira, julho 29, 2008

As "ameaças" sobre o Bestança


O rio Bestança continua a ser alvo da atenção dos pretensos "desenvolvedores" do país. Depois de encherem a Serra de Montemouro de "ventoinhas", de fazerem no Douro uma das maiores barragens do país (Carrapatelo), de construírem mini-hídricas nos rios Ardena e Cabrum, continuam a insistir em fazer barragens no Bestança. Cinfães é, seguramente, um dos concelhos do país que mais energia produz (e provavelmente dos que menos consome), no entanto a energia não é aí mais barata, nem consta que os habitantes tenham lucrado muito com estes investimentos, já que continua a ser um dos menos desenvolvidos do país...

sábado, julho 26, 2008

Novo livro do Professor Jacinto Rodrigues


Foi recentemente publicado um novo livro do Professor Doutor Jacinto Rodrigues. Trata-se de uma colectânea de diversos textos fulcrais, onde "o autor faz uma reflexão sobre a problemática da ecologia. Explicita perspectivas para o desenvolvimento ecologicamente sustentado. Pensa processos que facilitem um decrescimento sustentável em relação a pretensas necessidades do consumismo.
São aqui apresentadas acções exemplares que podem constituir alternativas ao ensino e que estabelecem medidas de transição face ao actual modelo insustentável de sociedade dominante."
Jacinto Rodrigues é Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), onde rege actualmente a cadeira de "Ecologia Urbana". É investigador do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras da mesma Universidade.

terça-feira, julho 22, 2008

O Mito da Energia Nuclear

"Nos últimos anos tem surgido alguma discussão em torna da possibilidade de construir em Portugal uma central nuclear. Frequentemente, nesta discussão, o nuclear tem sido apresentado como sendo uma energia limpa e barata, ideias que não correspondem à realidade. Na verdade, considerando todos os custos inerentes ao ciclo de vida de uma central, a energia nuclear é muito mais cara do que as outras formas de produção de electricidade, especialmente se se considerarem os custos do tratamento dos resíduos por centenas e mesmo milhares de anos. Contrariamente ao que muitas vezes é referido, a produção de energia nuclear não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas. A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente para este balanço.
Por outro lado, para além do problema da longevidade dos resíduos nucleares (dezenas a centenas de milhar de anos), esta fonte de energia eléctrica não é renovável e prevê-se que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas. Acresce que a exploração de urânio representa graves problemas ambientais, como o testemunham o passivo ambiental deixado por esta actividade em Portugal."

In "Boletim Electrónico da Quercus n.º 114" de 22-07-2008

Sobre este tema ver também no blogue "Quinta do Sargaçal" o artigo "Manobra nuclear"

sexta-feira, julho 11, 2008

Rua de Serpa Pinto


A propósito do artigo anterior, aproveito para recordar o trabalho que os dois ceramistas (Fernando Malo e Rafael Pérez) ofereceram a Boassas, nesse já longínquo primeiro "Encontro". A placa toponímica que designa agora a artéria principal de Boassas e que homenageia o grande descobridor africano - Serpa Pinto, cujos avós maternos viviam em Boassas - é agora mais um valor patrimonial da aldeia.

Rafael Perez de novo em Boassas


O artista Rafael Perez Fernadez que, recordo, esteve presente na primeira edição dos Encontros Internacionais de Ceramistas, no ano de 2004, esteve novamente em Boassas. Mais uma vez, fica provada a importância turística e cultural do evento, que passados quatro anos continua a trazer visitantes (ilustres) à aldeia. Aqui o vemos, na foto, acompanhado do seu colega e amigo, o aragonês Fernando Malo, durante os citados "encontros"...